sexta-feira, 9 de outubro de 2015

BOTA TRADICIONAL EM COURO


 
Bota 100% em couro c/costura no pé ,feita artesanalmente  para garantir maior durabilidade ,solado e salto em couro,verfique disponibilidade e garanta já seu par.
Prazo de entrega --verificar disponibilidade
Disponível nas cores marrom café e preta nos tamanhos 36 ao 46.
 

sexta-feira, 17 de julho de 2015

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segunda-feira, 6 de abril de 2015

BOTA LISA MASCULINA OU FEMININA EM COURO COR VINHO NOBUCK COM SOLADO EM COURO DISPONÍVEL TAMANHOS 37 AO 45 .




                                             


                                                       BOTA CAMPEIRA LISA
                                                   



PRODUTO COM UM ANO DE GARANTIA A PARTIR DA DATA DA COMPRA.
PARA COMPRA SERÁ NECESSÁRIO INFORMAR TAMANHO.
FOTOS MERAMENTE ILUSTRATIVAS.
ENTREGAS VIA PAC 05 DIAS ÚTEIS.ATENÇÃO PRODUTO SOB CONSULTA DE
DISPONIBILIDADE.
FAVOR VERIFICAR ANTES DE COMPRAR.

terça-feira, 31 de março de 2015

GUAIACA CAMPEIRA USO CTG OU FESTIVAS EM COURO PRETA COM FIVELA

                                                       
                                                              R$ 99,90








                   


 
                                   
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PRODUTO COM GARANTIA DE FÁBRICA 01 UM ANO.
PRODUTO SOB-ENCOMENDA SENDO NECESSÁRIO INFORMAR MEDIDAS.
PRAZO DE ENTREGA SEDEX 03 DIAS ÚTEIS.OU PAC 06 DIAS

sábado, 28 de março de 2015

Chinelo campeiro em couro com solado de borracha no tamanho 35 ao 44 disponivel nas cores preta e marrom café.





                                 R$42,90 o par mais frete.
                                                 





                                         




                                         

                       
                         
                                                   

cor marrom café


cor preto




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          Produto com garantia de 01(um) ano a partir da data de compra.
          Entrega por sedex 03 dias ou pac 07 dias.
          
         

quarta-feira, 4 de março de 2015

ENVIO DE PRODUTOS PELO SITE

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domingo, 1 de março de 2015

História do Calçado

História do Calçado
             Existem evidências que mostram que a história do  sapato
     começa a partir de 10.000 a. C., ou  seja,  no    final  do  período
     paleolítico (pinturas desta época em cavernas na Espanha e no
     sul da França fazem referência ao calçado).
             Entre os utensílios  de  pedra  dos  homens  das  cavernas
     existem vários que serviam para raspar as peles,  o que indica
     que a arte de curtir é muito antiga.
             Nos hipogeus (câmaras subterrâneas  usadas  para  enter-
     ros múltiplos) egípcios, que têm idade entre 6 e 7 mil anos,    fo-
     ram descobertas pinturas que representavam os  diversos    es-
     tados do preparo do couro e dos calçados.
             Nos países frios o mocassim é o  protetor  dos  pés  e  nos
     países mais quentes a sandália  ainda é a mais usada. As    san-
     dálias dos egípcios eram feitas de palha, papiro ou de fibra    de
     palmeira.

   era comum andar descalço e carregar as sandá- lias usando-as apenas quando necessário.
            Sabe-se que apenas os nobres da  época  possuíam sandálias.    Mesmo  um  Faraó  como  Tutancamon  usava   calçados   como
    sandálias e sapatos de couro simples (apesar dos  enfeites    de
    ouro).
     

clique na foto para ampliá-la e saber um pouco mais sobre a mesma.
            Na  Mesopotâmia    eram  comuns  sapatos  de  couro   cru
     amarrados aos pés por tiras do mesmo material.  Os    coturnos
     eram símbolo de alta posição social.
            Os Gregos chegaram a lançar moda  como  a  de  modelos
     diferentes para pés direito e esquerdo.
            Em Roma o calçado indicava a classe social. Os  cônsules
     usavam sapato branco, os senadores sapatos marrons  presos
     por 4 fitas pretas de couro atadas a 2 nós e o calçado tradicio-
     nal das legiões era a bota de cano curto que descobria os    de-
     dos.
clique na foto para ampliá-la e saber um pouco mais sobre a mesma.
sandália de couro judia de
72 d. C.
clique na foto para ampliá-la.
            Na idade média tanto homens como mulheres usavam sa-
     patos de couro abertos que tinham uma forma  semelhante    à
     das sapatilhas. Os homens também usavam botas altas e bai-
     xas atadas à frente e ao lado. O material mais corrente era a
     pele de vaca, mas as botas de qualidade superior eram feitas
     de pele de cabra.
            A padronização da numeração é de origem inglesa. O  rei
     Eduardo (1272-1307) foi quem uniformizou as medidas.
            A primeira referência conhecida da manufatura do calça-
     do na Inglaterra é de 1642 quando Thomas Pendleton  forne-
     ceu 4.000 pares de sapatos e 600 pares de  botas  para    o  e-
     xército. As campanhas militares desta época  iniciaram    uma
     demanda substancial por botas e sapatos.
           Em meados do século 19 começam a surgir as  máquinas
     para auxiliar na confecção dos calçados, mas só com  a    má-
     quina de costura o sapato passou a ser mais acessível.
           A partir da quarta década do século 20 grandes  mudan-
     ças começam a acontecer nas indústrias calçadistas como a
     troca do couro pela borracha  e  pelos  materiais    sintéticos
     principalmente nos calçados femininos e infantis.
          Provavelmente os funcionários de Pendleton fizeram  os
     sapatos do início ao fim mas na  moderna  indústria    o  pro-
     cesso é quebrado em várias e distintas etapas como :
         . modelagem : criação,    elaboração  e  acompanhamento
     dos modelos no processo de fabricação;
         . almoxarifado: recebimento, armazenamento, classifica-
     ção e controle do couro e demais materiais;
         . corte: operação de corte das diferentes peças que com-
     põem  o  cabedal (parte superior do calçado). No  corte são
     utilizadas lâminas e facas especiais e/ou superior do calça-
     do).
     No corte são utilizadas lâminas e facas especiais  e/ou    ba-
     lancins de corte que pressionam  os  moldes    metálicos  na
     superfície do couro e/ou outros materiais;
         . chanfração: preparação do couro para  receber  a  cos-
     tura;
         . costura: junção  das    partes que compõem  o  cabedal.
     Em muitas empresas esse  setor  encontra-se    subdividido
     em preparação, chanfração e costura;
         . pré-fabricado:  fabricação de solas, saltos e palmilhas.
     Muitas empresas  não têm esse setor, pois existem fábri-
     cas que se especializam na produção desses materiais;
         . distribuição: controla o volume da produção,  revisa  a
     qualidade  dos  materiais e  os distribui para os setores de
     montagem e acabamento;
         . montagem: conjunto  de operações que unem  o  cabe-
     dal ao solado;
         . acabamento: operações  finais    ligadas à   apresenta-
     ção do calçado como escovamento, pintura e limpeza;
         . montagem  e acabamento: em muitas empresas esses
     dois setores são organizados em linha de montagem,  isto
     é, os postos de trabalho  são colocados em  linha e o    pro-
     duto em elaboração vai  incorporando as  operações    par-
     ciais de cada trabalhador, até  que,  no  final    da  linha,  o
     produto resulta acabado;
         . expedição: embalagem,    encaixotamento  e  envio  ao
     mercado de destino.

         Na Página Museus do sapato podem  ser   encontradas
     fotos raras e outros aspectos da história.

         Em breve a História do calçado  no novo mundo. A his-
     tória no Brasil incluirá uma descrição sobre o uso de cal-
     çados  no Rio de Janeiro  em 1816 e  uma     descrição  de
     uma fábrica de calçados e um curtume em 1918.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Bota estilo campeira com costura no pé ,ponto seleiro linha encerada ,feito a mão ,torneada salto em couro.disponivel nas cores preto e marron nos tamanhos do 37 a 44. Valor R$ 298,00 formas de pagamanto depósito bancário ,ou via sedex .

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

INDUMENTÁRIA GAÚCHA

Indumentárias Indumentária Gaúcha Introdução A autêntica cultura do povo e suas expressões estão alicerçadas em tradições, em conhecimentos obtidos pela convivência em grupo, somadas aos elementos históricos e sociológicos. Seus legados e sua tradição, entre eles o seu modo de vestir, são transportados para as gerações seguintes, sujeitos a mudanças próprias de cada época e circunstância. O homem do Rio Grande do Sul adaptou suas vestimentas baseado nas suas necessidades e no seu tipo de vida. Fica claro que os trajes, no decorrer da história, aceitam os processos de modernização e de transformação que uma cultura possa ter. A cultura é viva e, enquanto viva, ela se modifica. Essas modificações, legaram ao gaúcho, além de uma herança, beleza e identidade. Se os costumes são constantemente alterados no decorrer da história, nada mais claro de que os trajes também tenham tido uma modificação, mantendo, no entanto, a sua raiz. Este trabalho tem como principal objetivo demonstrar como se deu a evolução da nossa Indumentária Gaúcha. Quando da realização desta pesquisa, me deparei com várias publicações sobre indumentária, de vários autores, como Antônio Augusto Fagundes, Vera Záttera, Paixão Côrtes e Edison Acri, que mostravam visões um pouco diferenciadas. A Evolução da Indumentária Gaúcha Os quatro trajes fundamentais: Se formos dividir a história da indumentária gaúcha, veremos que ela se dá em 4 partes, e a cada uma delas corresponde uma indumentária feminina: 1 - Chiripá primitivo; 2 - Braga; 3 - Chiripá farroupilha; 4 - Bombacha. Traje Indígena - 1620 à 1730 Quando o homem que veio fazer a América - e se vestia à européia - aqui chegou encontrou, nos campos, índios missioneiros e índios cavaleiros. Índios Missioneiros: (Tapes, Gês-guaranizados) - constituíam a matéria-prima trabalhada pelos padres jesuítas dos Sete Povos. Os Missioneiros se vestiam, conforme severa moral jesuítica. Passaram a usar os calções europeus e em seguida a camisa, introduzida nas missões pelo Padre Antônio Sepp. Usavam, ainda, uma peça de indumentária não européia, proximamente indígena - "el poncho" - isto é, o pala bichará. Essa peça de indumentária não existia no Rio Grande do Sul antes da chegada do branco, pois os nossos índios pré-missioneiros não teciam e nem fiavam. Os Padres descobriram a atração que as vestes religiosas e as fardas militares exerciam sobre os índios e distribuíram essas roupas entre eles. Assim, figurar o Alferes Real Sepé Tiarayu, desnudo ou vestindo chiripá, é erro grosseiro. Ele usaria a farda correspondente ao seu alto grau militar, ou vestir-se-ia civilmente, com bragas, camisa e poncho. A mulher missioneira, usava o "tipoy", que era um longo vestido formado por dois panos costurados entre si, deixando sem costurar, apenas duas aberturas para os braços e uma para o pescoço. Na cintura, usavam uma espécie de cordão, chamado "chumbé". O "tipoy" era feito de algodão esbranquiçado, mas em seguida se tornava avermelhado com o pó das Missões. Em ocasiões festivas, a índia missioneira gostava de usar um alvo "tipoy" de linho sobre o de uso diário. Apenas nas vestes religiosas, sobretudo nas procissões, as índias usavam mantos de cores dramáticas, como o roxo e o negro. Índios cavaleiros: (Mbaias: Charruas, Minuanos, Yarós, etc): eram assim chamados porque prontamente se adonaram do cavalo trazido pelo branco, desenvolvendo uma surpreendente técnica de amestramento e equitação. Usavam duas peças de indumentária absolutamente originais: o "chiripá" e o "cayapi". O chiripá era uma espécie de saia, constituída por um retângulo de pano enrolado na cintura, até os joelhos. O cayapi dos minuanos era um couro de boi, inteiro e bem sovado (que se usava às costas) com o pêlo para dentro e carnal para fora, pintado de listras verticais e horizontais, em cinza e ocre. À noite, servia de cama, estirado no chão. Os charruas o chamavam de "quillapi" e "toropi". A mulher, entre os índios cavaleiros, usava apenas o chiripá. No rosto, pintura ritual de passagem, assinalando a entrada na puberdade. No pescoço, colares de contas ou dentes de feras. De peças da indumentária ibérica, de peças da indumentária indígena e tantas outras, o gaúcho foi constituindo sua própria indumentária. Traje Gaúcho - 1730 à 1820 Patrão das Vacarias e Estancieira Gaúcha O primeiro caudilho riograndense, tinha mais dinheiro e se vestia melhor. Foi o primeiro estancieiro. Trajava-se basicamente à européia, com a braga e as ceroulas de crivo. Passou a usar também a bota de garrão de potro, invenção gauchesca típica. Igualmente o cinturão-guaiaca, o lenço de pescoço, o pala indígena, a tira de pano prendendo os cabelos, o chapéu de pança de burro, etc. A mulher desse rico estancieiro, usava botinhas fechadas, meias brancas ou de cor, longos vestidos de seda ou veludo, botinhas fechadas, mantilha, chale ou sobrepeliz, grande travessa prendendo os cabelos enrolados e o infaltável leque. Peão das Vacarias e China das Vacarias O traje do peão das vacarias destinava-se a proteger o usuário e a não atrapalhar a sua atividade - caçar o gado e cavalgar. Normalmente, este gaúcho só usava o chiripá primitivo (pano enrolado como saia, até os joelhos, meio aberto na frente, para facilitar a equitação e mesmo o caminhar do homem) e um pala enfiado na cabeça. O chiripá, em pouco tempo, assumia uma cor indistinta de múgria - cor de esfregão. À cintura, faixa larga, negra, ou cinturão de bolsas, tipo guaiaca, adaptado para levar moedas, palhas e fumo e, mais tarde, cédulas, relógio e até pistola. Ainda à cintura, as infaltáveis armas desse homem: as boleadeiras, a faca flamenga ou a adaga e, mais raramente, o facão. E sempre à mão, a lança - de peleia ou de trabalho. Camisa, quando contava com uma, era de algodão branco ou riscado, sem botões, apenas com cadarços nos punhos, com gola imensa e mangas largas. Pala, não faltava, comumente, o de lã - chamado "bichará"- em cores naturais, e mais raramente o de algodão e o de seda que aos poucos vão aparecendo. Logo, também surge o poncho redondo, de cor azul e forrado de baeta vermelha. Pala: tem origem indígena. Pode ser de lã ou algodão, quando protege contra o frio, ou de seda, quando protege contra o calor. É sempre retangular com franjas nos quatro lados. A gola do pala é um simples talho, por onde o homem enfia o pescoço. Poncho: Tem origem inteiramente gauchesca. É feito, invariavelmente, de lã grossa. Quase sempre é azul escuro, forrado de baeta vermelha, mas também existem de outras combinações de cores. O poncho tem a forma circular ou ovalada. Só protege contra o frio e a chuva. A gola é alta, abotoada e há um peitilho na frente do poncho. As botas mais comuns eram as de garrão-de-potro, que eram retiradas de vacas, burros e éguas (raramente era usado o couro de potro, que lhe deu o nome). Essas botas eram lonqueadas ou perdiam o pêlo com o uso. Em uso, as botas não duravam mais de 2 meses. Normalmente, eram feitas com o couro das pernas traseiras do animal que dão botas maiores. As que eram tiradas das patas dianteiras, muitas vezes eram cortadas na ponta e no calcanhar, ficando o usuário com os dedos do pé e o calcanhar de fora. Acima da barriga da perna, era ajustada por meio de tranças ou tentos. As esporas mais comuns nessa época eram as nazarenas (européias) e as chilenas (americanas). As nazarenas têm esse nome devido aos seus espinhos pontudos, que lembram os cravos que martirizaram Nosso Senhor. As chilenas, devem seu nome à semelhança com as esporas do "huaso", do Chile. Aos poucos, os ferreiros da época começaram a criar novos tipos de esporas. O peão das vacarias não era de muito luxo. Só usava ceroulas de crivo nas aglomerações urbanas. Ademais, andava de pernas nuas como os índios. À cabeça, usava a fita dos índios, prendendo os cabelos - que os platinos chamam "vincha" - e também o lenço, como touca, atado à nuca. O chapéu, quando usava, era de palha (mais comum), e de feltro, (mais raro), e talvez o de couro cru, chamado de "pança-de-burro", feito com um retalho circular da barriga do muar, moldado na cabeça de um palanque. O chapéu, qualquer que fosse o feitio, era preso com barbicacho sob o queixo ou nariz. Esse barbicacho era normalmente trançado em delicados tentos de couro cru, tirados de lonca, ou então, eram simples cordões de seda, torcidas, terminando em borlas que caía para o lado direito. Mais raramente, era feito de sola e fivela. Ainda nesta época, aparece o "cingidor", que é o nosso tirador. A mulher vestia-se pobremente: nada mais que uma saia comprida, rodada, de cor escura e blusa clara ou desbotada com o tempo. Pés e pernas descobertas, na maioria das vezes. Por baixo, apenas usava bombachinhas, que eram as calças femininas da época. Traje Gaúcho - 1820 - 1865 Chiripá Farroupilha e Saia e Casaquinho Este período é dominado por um chiripá que substituiu o anterior, que não é adequado à equitação, mas para o homem que anda a pé. O chiripá dessa nova fase é em forma de grande fralda, passada por entre as pernas. Este se adapta bem ao ato de cavalgar e essa é certamente a explicação para o seu aparecimento. Com isto, fica claro que o Chiripá Primitivo era de origem indígena. Já o Chiripá Farroupilha é inteiramente gaúcho. Esse é um traje muito funcional, nem muito curto, nem muito comprido, tendo o joelho por limite, ao cobri-lo. As esporas deste período são as chilenas, as nazarenas e os novos tipos inventados pelos ferreiros da campanha. As botas são, ainda, a bota forte, comum, a bota russilhona e a bota de garrão, inteira ou de meio pé. As ceroulas são enfiadas no cano da bota ou, quando por fora, mostram nas extremidades, crivos, rendas e franjas. À cintura, faixa preta e guaiaca, de uma ou duas fivelas. Camisa sem botões, de gola, e mangas largas. Usavam jaleco, de lã ou mesmo veludo, e às vezes, a jaqueta, com gola e manga de casaco, terminando na cintura, fechado à frente por grandes botões ou moedas. No pescoço, lenço de seda, nas cores mais populares, vermelho ou branco. Porém, muitas vezes, o lenço adotado tinha outras cores e padronagens. Em caso de luto, usava-se o lenço preto. Com luto aliviado, preto com "petit-pois", carijó ou xadrez de preto e branco. Aos ombros, pala, bichará ou poncho. Na cabeça usavam a fita dos índios ou o lenço amarrado à pirata e, se for o caso, chapéu de feltro, com aba estreita e copa alta ou chapéu de palha, sempre preso com barbicacho. A mulher, nesta época, usava saia e casaquinho com discretas rendas e enfeites. Tinham as pernas cobertas com meias, salvo na intimidade do lar. Usavam cabelo solto ou trançado, para as solteiras e em coque para as senhoras. Os sapatos eram fechados e discretos. Como jóias apenas um camafeu ou broche. Ao pescoço vinha muitas vezes o fichú (triângulo de seda ou crochê, com as pontas fechados por um broche). Este foi o traje usado pelas ricas e pobres desta época. Traje gaúcho - 1865 até nossos dias Bombacha e Vestido de Prenda A bombacha surgiu com os turcos e veio para o Brasil usada pelos pobres na Guerra do Paraguai. Até o começo do século, usar bombachas em um baile, seria um desrespeito. O gaúcho viajava à cavalo, trajando bombachas e trazia as calças "cola fina", dobradas em baixo dos pelegos, para frisar. As bombachas são largas na Fronteira, estreitas na Serra e médias no Planalto, abotoadas no tornozelo, e quase sempre com favos de mel. A correta bombacha é a de cós largo, sem alças para a cinta e com dois bolsos grandes nas laterais, de cores claras para ocasiões festivas, sóbrias e escuras para viagens ou trabalho. À cintura o fronteiriça usa faixa; o serrano e planaltense dispensam a mesma e a guaiaca da Fronteira é diferente da serrana, por esta ser geralmente peluda e com coldre inteiriço. A camisa é de um pano só, no máximo de pano riscado. Em ambiente de maior respeito usa-se o colete, a blusa campeira ou o casaco. O lenço do pescoço é atado por um nó de oito maneiras diferentes e as cores branco e vermelho são as mais tradicionais. Usa-se mais freqüentemente o chapéu de copa baixa e abas largas, podendo variar com o gosto individual do usuário, evitando sempre enfeites indiscretos no barbicacho. Por convenção social o peão não usa chapéu em locais cobertos, como por exemplo no interior de um galpão. As esporas mais utilizadas são as "chilenas", destacando-se ainda as "nazarenas". Botas, de sapataria preferencialmente pretas ou marrons. Para proteger-se da chuva e do frio usa-se o poncho ou a capa campeira e do calor o poncho-pala. Cita-se ainda o bichará como proteção contra o frio do inverno. Obs.: O preto é somente usado em sinal de luto. O tirador deve ser simples, sem enfeites, curtos e com flecos compridos na Serra, de pontas arredondadas no Planalto, comprido com ou sem flecos na Campanha e de bordas retas com flecos de meio palmo na Fronteira. É vedado o uso de bombacha com túnica tipo militar, bem como chiripás por prendas por ser um traje masculino. A indumentária da prenda é regulamentada por uma tese de autoria de Luiz Celso Gomes Yarup, que foi aprovada no 34º. Congresso Tradicionalista Gaúcho, em Caçapava do Sul. 01 - O vestido deverá ser, preferencialmente, de uma peça, com barra da saia no peito do pé; 02 - A quantidade de passa-fitas, apliques, babados e rendas é livre; 03 - O vestido pode ser de tecido estampado ou liso, sendo facultado o uso de tecidos sintéticos com estamparia miúda ou "petit-pois"; 04 - Vedado o decote; 05 - Saia de armar: quantidade livre (sem exageros); 06 - Obrigatório o uso de bombachinhas, rendadas ou não, cujo comprimento deverá atingir a altura do joelho; 07 - Mangas até os cotovelos, três quartos ou até os pulsos; 08 - Facultativo o uso de lenço com pontas cruzadas sobre o peito, também facultado o uso do fichú de seda com franjas ou de crochê, preso com broche ou camafeu, ou ainda do chale; 09 - Meias longas brancas ou coloridas, não transparentes; 10 - Sapato com salto 5 (cinco), ou meio salto, que abotoe do lado de fora, por uma tira que passa sobre o peito do pé; 11 - Cabelo solto ou em trança (única ou dupla), com flores ou fitas; 12 - Facultado o uso de brincos de argola de metal. Vedados os de fantasia ou de plásticos; 13 - Vedado o uso de colares; 14 - Permitido o uso de pulseiras de aro de qualquer metal. Não aceitas as pulseiras de plástico; 15 - Permitido o uso de um anel de metal em cada mão. Vedados os de fantasia; 16 - É permitido o uso discreto de maquiagem facial, sem batons roxos, sombras coloridas, delineadores em demasia; 17 - Vedado o uso de relógios de pulso e de luvas; 18 - Livre a criação dos vestidos, quanto a cores, padrões e silhuetas, dentro dos parâmetros acima enumerados. Fonte: Indumentária Gaúcha Antônio Augusto Fagundes - Martins Livreiro Editor (2ª Edição) Porto Alegre - 1985
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